Universidade ESTADUAL do norte do paraná - uenp
FAFIJA -
Colegiado de Matemática
Campus de Jacarezinho
PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID
Trabalho de
conclusão das atividades do PIBID/2012
Integrantes:
Jonis Jecks Nervis
Fernando Oliveira da Silva
Andressa Vilella da Cunha
Cladilaine Aparecida Revelino
Claudio de Souza Junior
Cristina Brandelik
Igor Renan Conti
Missenia Camile Pereira
Nathália de Freitas Paixão
Patrícia Ferro Baptistão
Rafael Felix da Silva
Taciane Thais Murador Barbosa
Tamires dos Santos Augusto
2013
Resumo
Este artigo tem como objetivo relatar o
desenvolvimento do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Matemática
da Universidade Estadual do Norte do Paraná Campus de Jacarezinho Estado do Paraná em suas atividades nos colégios. A base para a
realização do trabalho foram os indicadores que apresentaram menores
competências e habilidades na aprendizagem, segundo o SAEP/2012 (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná). As
atividades foram realizadas nos colégios Luiz Setti e Imaculada Conceição localizados
em Jacarezinho-PR durante três dias, divididos em três grupos, distribuídos em
três semanas.
Palavras-chave:
Ensino
e aprendizagem de matemática, PDE, Sólidos Geométricos, inclusão dos discentes
no ambiente escolar.
Introdução
Fazendo parte do
PIBID/Matemática 2012, nos propusemos a trabalhar a geometria de uma maneira
que levasse em consideração o resultando SAEP/2012 e pudesse ser apresentada de
forma atrativa aos alunos. Buscou-se desenvolver uma postura que permita aos
alunos explorarem, organizarem, reelaborarem seus conhecimentos de acordo com
suas vivências, experiências, competências cognitivas e que eles caminhem em
direção às suas reais necessidades (ONAGA, 2013).
Buscou-se demonstrar as
atividades feitas nos colégios com o objetivo de mostrar e sanar as
dificuldades dos alunos na matéria proposta, indicando a eles atividades que
possibilitem melhorar o desempenho. O foco principal foi escolher uma
determinada área e abordar com atividades diversificadas essas dificuldades. O
trabalho foi dividido em três aulas, sendo as duas primeiras para introduzir a
matéria escolhida e a última para aplicação de uma avaliação. No caso do
colégio Imaculada Conceição, a turma foi dividida em dois grupos, onde cada
grupo ficou com uma sala, propondo a mesma atividade para as duas turmas.
A atividade foi realizada na
área de geometria com o 9° ano, mostrando as diferenças entre figuras planas e
espaciais e também como podemos formar as figuras espaciais com jujubas e
palitos de dente. Já no colégio Luiz Setti, foi formado um grupo, onde o tema
abordado foi geometria com uma sala do 6° ano. Na primeira aula o grupo abordou
as noções de geometria plana, na segunda foi montado um cubo e explicada à área
desse sólido e de outros, e na última foi falado sobre o volume dos sólidos.
Ainda neste artigo, será apresentada toda a formulação das atividades, bem como
os resultados e conclusões após a realização das atividades.
Relato 01: Construção de
Figuras Planas e Sólidos Geométricos
Durante o período em que os
acadêmicos estiveram envolvidos com atividades do PIBID (Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência) foi constatado que os alunos do 9° ano
apresentavam dificuldades em diversos conteúdos matemáticos. Estas dificuldades
se tornavam mais evidentes durante a correção de exercícios propostos ou
introdução de alguma matéria nova.
Foi observado também que os
alunos de uma forma geral não demonstravam domínio dos conteúdos relacionados à
geometria, o que dificultava a introdução de algum conceito novo que
necessitasse de um conhecimento geométrico anterior como base.
Dessa maneira após um
período de reflexão da equipe juntamente com a professora supervisora e os
professores coordenadores do programa foi elaborado um roteiro didático com o
intuito de diagnosticar os pontos mais críticos a serem abordados e em um
segundo momento reforçar estes pontos.
A metodologia utilizada
nesta série de atividades consistiu em fazer realizar uma avaliação diagnóstica
através de perguntas respondidas oralmente pelos alunos, revisão de conteúdos
anteriores utilizando-se de materiais concretos e projetor multimídia,
construção de polígonos e poliedros com jujubas e palitos e por fim uma
avaliação formatada como um jogo onde os alunos exercitariam os conhecimentos
adquiridos ao longo destas atividades.
Para realizar a avaliação
diagnóstica citada acima foi elaborada uma revisão de diversos conteúdos
relacionados à geometria que já haviam sido estudados pelos alunos em anos
anteriores. Tal revisão empregou diversos recursos como projetor eletrônico,
objetos concretos (figuras planas em papel E.V.A. e sólidos geométricos em
acrílico), bem como a comprovação manual de alguns conceitos matemáticos como a
medida dos ângulos internos de um triângulo ou o comprimento da circunferência.
Durante a realização desta
atividade os alunos foram sendo instigados a participar da apresentação,
respondendo de forma oral as questões que iam sendo elaboradas pelos
acadêmicos.
Com o intuito de aumentar o
interesse dos alunos pela matéria, ao final da revisão foi realizado um painel
com inúmeras aplicações práticas dos conceitos geométricos assim como vários
campos de trabalho que utilizam estes conhecimentos.
Após esta revisão ficou
claro que alunos apresentavam dificuldades nos conceitos mais básicos o que
dificultava a eles o entendimento de conteúdos mais avançados, ficou evidente
também que os alunos demonstraram grande interesse por atividades que fugissem
da rotina de sala aula.
Pensando nisso os acadêmicos
desenvolveram uma atividade lúdica, onde os alunos teriam que construir
manualmente figuras planas e sólidos geométricos utilizando como ferramentas
balas de goma e palitos de madeira.
Foto: integrantes dos
Pibid desenvolvendo o trabalho
Ao iniciar a esta atividade
os alunos receberam um material explicativo de como proceder a confecção de
algumas formas básicas, e depois foi proposto que eles construíssem algo com
grau de dificuldade maior (sólidos de qualquer espécie) afim de exercitar os
conhecimentos já adquiridos.
Ao final da atividade os
alunos apresentaram suas construções, elencando os itens que cada forma ou
sólido possuía, como: o nome, número de lados, ângulos, diagonais, medida da
altura entre outros.
Essa atividade se demonstrou
muito eficaz porque além de ter encontrado grande adesão dos alunos, ainda fez
com que eles enxergassem de forma concreta as teorias vistas em aula.
Os alunos então foram
orientados a estudar os conteúdos que foram abordados nos dois momentos
anteriores a fim de serem avaliados pelos conhecimentos acumulados.
A avaliação se deu na forma
de um jogo. O jogo proposto dividia os alunos em quatros grupos, onde cada
grupo recebia um pino, que se movia a cada pergunta respondida corretamente
pelo grupo, até alcançar o final da trilha construída pelos acadêmicos. Cada
membro do grupo deveria responder a uma quantidade de perguntas e a equipe que
fizesse seu pino chegar ao final da trilha primeiro venceria.
Relato 02: Medidas de
comprimento e área de figuras planas
A atividade realizada no 6°
ano, com o ensino da geometria, foi através de três momentos com a classe.
Inicialmente, houve a demonstração do conteúdo que já estava sendo aplicado nas
aulas cotidianas. Ao passo que a atividade iria sendo aplicada, houve o aprofundamento
do conteúdo desejado. Em todos os encontros, utilizamos data show, papel
cartão, papel sulfite, entre outros recursos.
No primeiro momento, houve
uma conversa sobre medidas, analisamos sua importância e a aplicabilidade na
vida deles. Em seguida, discutimos sobre área, explicamos seu conceito e a
demonstração da formula das áreas. No final, retomamos as medidas de
comprimindo, relembrando que nas áreas planas utilizamos as unidades ao
quadrado, pois
estamos medida á superfície de um quadrado com uma unidadede lado.
Foto: Integrantes do
Pibid desenvolvendo o trabalho
No segundo momento,
utilizamos a planificação para a criação do conhecimento sobre área total, além
de retirar ideia errada entre a geometria plana com a espacial. Como exemplo,
pode-se observar que o cubo planificado é constituído por seis quadrados, se
calcularmos a área de um quadrada, podemos multiplicar este resultado por 6,e
encontraremos assim, a areia total do cubo. Além disso, construímos os sólidos
geométricos para criar a visualização da geometria espacial.
No terceiro encontro,
voltamos a refletir sobre medidas. Inicialmente, jogando o problema com relação
a volume, perguntado qual seria a forma de representar a quantidade de
substância em um objeto, ao decorrer da aula, explicamos a diferença da medida
de comprimento com a do volume, e como podemos transforma-las. Depois de
encerrar a duvidas sobre medidas, utilizamos os sólidos criados na aula
passada, para calcular o volume deles. No processo do calculo, não utilizamos
lápis ou papel, somente usamos arroz e copo de medidas, fazendo os alunos
preencherem o solido com o arroz, transferimento para o copo de medida, e
discutimos os resultados.
Esta atividade no 6° ano foi
mais dedutiva. Não havia o objetivo de cálculos complicados envolvendo a areia
ou volumes, mais o envolvimento dos alunos com a geometria, através da
visualização e problemas aplicados, respeitando as condições de aprendizagem
dos alunos 6° ano.
CONCLUSÃO
Tendo
em vista o trabalho realizado pelos bolsistas participantes do subprojeto Pibid
Matemática UENP – Campus Jacarezinho, esse artigo teve por objetivo relatar a
experiência dos mesmos durante o processo de elaboração e execução das aulas
aplicadas durante o período anteriormente citado bem como os resultados obtidos
por seu trabalho.
Deve-se lembrar,
primeiramente, que esse momento contribuiu em muito para a formação docente dos
bolsistas. A preparação de aulas lhesacarretou experiência docente. O contato
com a escola e com os alunos também lhes proporcionará maior segurança no
início da profissão.
A intenção dos bolsistas
durante as aulas foi contribuir para o aprendizado dos alunos bem como reforçar
conteúdos que já haviam sido trabalhados pelos professores supervisores do
subprojeto.
É importante salientar que
os alunos receberam com afetividade e entusiasmo esse momento de aprendizagem.
Foram receptivos e participativos durante todo o processo de aplicação das
aulas. Foram ainda favorecidos por poder retomar e/ou aprender tais conteúdos
de modo lúdico e criativo, oportunizando maior fixação dos mesmos.
Assim, conclui-se mostrando
a importância de momentos como tais aqui expressos, tanto para os bolsistas do
Pibid, pela oportunidade de voltar à escola exercendo o papel de professor,
quanto aos alunos por serem beneficiados com aulas diferenciadas.
Referência
ONAGA,
Dulce Satiko. Trabalhando com os alunos:
subsídios e sugestões. htpp//www.udemo.org.br. Acessado em 20/11/2013 .